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confeitaria amaral

no passado dia 22 de setembro de 2012, decorreu a 4.a maratona fotográfica fnac viseu e eu fui um dos muitos participantes. é um evento anual que pretende juntar amantes de fotografia numa jornada de 24 horas para conhecer a cidade, conviver e evoluir. participei especialmente motivado nesta edição, uma vez que fui o vencedor do 1.o prémio da edição anterior.

para quem não sabe, a competição decorre ao estilo de um peddy-paper. no início, é atribuído um tema e os pontos de encontro, com as horas e local. em cada ponto de encontro, é atribuído um novo tema. no final, é necessário submeter uma fotografia capturada durante o evento para cada tema. um júri posteriormente avalia os trabalhos, considerando a qualidade, criatividade, relevância e coerência.


os temas para esta edição foram: viseu sabores, viseu tradição, viseu rural, viseu crepúsculo, viseu paixão e viseu mistério. obviamente, quando entregaram o primeiro tema, a todos os concorrentes ocorreu a mesma ideia - o famoso bolo viriato. não só o viriato é o doce típico da região, como a casa mais conhecida é a confeitaria amaral.


esta é uma casa de renome, detentora de diversos prémios e que conseguiu entrar por 3 vezes no guinness world records. ainda o dia era uma criança, com a hora do almoço distante, já se acumulava uma enchente de paparazzi dentro e fora daquele estabelecimento comercial. sou culpado do mesmo feito, mas capturei uma única fotografia à montra exterior e fui deambular por outros lugares.


por esta altura do ano, decorre a feira franca que se realiza anualmente na cidade de viseu: a feira de s. mateus. resolvi aventurar-me por lá, fotografando as bancas de enchidos, gelados e esplanadas. contudo, nada conseguia captar a essência do tema e deixei-o para mais tarde. concentrei-me nos restantes.


lá para o final do dia, após vaguear incessantemente por terras lusitanas, a fome instaurou-se em mim. decidi voltar à confeitaria amaral, não para fotografar, mas para comprar um dos célebres viriatos. pensei em capturar o bolo de alguma forma artística a definir a posteriori. no entanto, já não havia viriatos disponíveis para venda. estavam em processo de fabrico, tinha de aguardar um pouco e assim o fiz.


por aquelas horas, a casa encontrava-se sem clientes e apenas eu aguardava junto da porta com a minha câmara ao pescoço. curiosa, uma das senhoras que por lá trabalha me perguntou "olhe lá, você também anda aí naquilo de fotografia?" e eu, um pouco envergonhado por ter de o admitir, respondi "sim, também estou a participar na maratona." o que me deixou espantado foi a questão que me colocou em seguida "podia explicar-me o que está a acontecer?" foi então que me apercebi que aproximadamente 50 pessoas invadiram aquele espaço, sem nada dizer, para fotografar até mais não.


calmamente, expliquei tudo o melhor que pude, à semelhança do que fiz no início deste artigo. para meu grande espanto, talvez grata por perceber o que tinha acontecido naquele dia ou talvez orgulhosa porque o seu estabelecimento é o primeiro pensamento quando se lê/ouve "viseu sabores", ofereceu-se para me mostrar os viriatos no forno e o seu processo de preparação. eu aceitei prontamente e, como não podia deixar de ser, fotografei o máximo que pude.


no final, comprei 2 viriatos acabados de fazer - que estavam absolutamente divinais - e prometi escrever um artigo. não ganhei nada pela minha participação nesta edição da maratona, mas consegui cumprir a minha promessa. o segundo prémio calhou a uma amiga que eu incentivei a participar e gosto de pensar que transmiti bom conhecimento. se alguém ficou com água na boca, porque não ir até viseu e comer um viriato?

quarta-feira, 10 de abril de 2013 Leave a comment

uma volta pela rua de santa catarina, porto

deixei a minha canonet s numa loja, situada próxima do mercado do bolhão, para darem uma afinação e limpeza gerais. quando a fui buscar, não aguentei e gastei um rolo inteiro pela rua de santa catarina e no caminho de regresso a casa.

para quem não conhece, a rua de santa catarina é uma das mais movimentadas da cidade do porto. é um pouco como um centro comercial ao ar livre, com tantas lojas a povoar as suas margens. como se não bastasse, para os dias mais chuvosos, alberga ainda o centro comercial via catarina shopping.


é um ponto de paragem obrigatório para qualquer turista, nacional ou internacional. nesta rua situa-se o afamado café majestic, considerado múltiplas vezes como um dos mais bonitos em todo o mundo. não só preza por manter a tradição, como também marca pela extravagância do serviço. a arquitectura é um verdadeiro regalo para os olhos.


como em qualquer grande cidade, a rua de santa catarina é diariamente decorada por artistas de rua: malabaristas, homens-estátua, pregadores, músicos e muitos outros que tal. recentemente, passei por um senhor de fato que empregava um violino e tocava uma melodia familiar de Yann Tiersen.


ainda se pode encontrar uma panóplia de vendedores ambulantes, com pequenas bancas que contêm desde bijuterias a castanhas assadas na hora. tudo depende da altura do ano e das condições atmosféricas. a rua é diferentes todos os dias e atravessá-la é sempre uma surpresa.


espalhadas por toda a cidade, estão pequenas capelas envoltas em azulejos com gravuras de um azul distinto. a rua de santa catarina não é excepção, até porque deve o seu nome à capela das almas.


mais característico da própria cidade, são os edifícios abandonados que surgem em cada esquina. eventualmente, tornam-se paredes imperceptíveis aos transeuntes regulares. isso explica porque, apenas desta vez, consegui reparar numa certa porta vermelha, com um ar recém pintado, embebida num prédio degradado.


pouco mais há a acrescentar a esta pequena descrição. Camilo Castelo Branco e Guerra Junqueiro viveram nesta rua, situada na baixa do porto, durante parte das suas vidas. tanto o mercado do bolhão, como a avenida dos aliados ou a praça da batalha situam-se apenas a um salto daqui. esta pequena reportagem correu bem e talvez hajam outras no futuro.

quarta-feira, 20 de março de 2013 2 Comments

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